sexta-feira, 13 de maio de 2011

Prólogo do Sonho.


A inspiração me vem como um murro no estômago.

Dores de cabeça.

E intensa cegueira.

Num segundo eu me vejo em Baudrillard.

No outro não sei contar nem a até 3.

Sigo me fantasiando em destino.

Sorteando votos de confiança.

Reagindo como uma gárgula.

Tossindo.

Tossindo muito.

Cuidando de mim.

Cuidando dos outros.

Fingindo cuidar de mim.

Sorrindo pra parede.

Imaginando o céu além da neblina.

Sem sono.

Sem som.

Sem senso.

Sem escudo, sem arma.

Sem paz.

O típico esquizofrênico que vê vários de si.

Se persegue, mas não se encontra.

Escuto vozes de guerra, vozes de anjo, e vozes do que dizem ser Deus.

E quando me encosto ao travesseiro as vozes se atropelam.

Tento ouvir o som de uma só, o que caracteriza minha bipolaridade.

Meu corpo vira sentimento e todos os músculos viram coração.

E no fundo… Eu me vejo de novo na virtualidade de Baudrillard.

Tentando sentir algum carinho por entre meus cabelos.

Tentando sentir algum beijo em minha nuca.

tentando ouvir alguma voz que sussurra em meu ouvido, só em meu ouvido…

Eu te amo.

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