terça-feira, 2 de novembro de 2010

Três copos de vodka

Estava com minhas amigas.
Fomos no mercado.
Bebemos.
Chegamos na porta da balada, e antes de uma delas vomitar...

Você me pegou de surpresa.

Isso nunca tinha acontecido antes, um dia tinha que acontecer. E até agora eu não sei se agradeço ou me arrependo de ter conhecido você.

Eu sou à prova do tempo, à prova de mágoa, à prova de medo. Você sabe. Eu só não consigo me privar de tentar, não sou à prova de idiotices, e me provo todos os dias o quão bom nisso eu sou.


E quer saber? Eu não me arrependo.

Só de tocar na sua pele eu fico feliz, e não sei como, mas nunca vi você beijando outra pessoa. Acho que esse é teu presente pra mim. Apenas isso. Sempre foi isso.

A pessoa mais sensível do mundo, dentro da casca mais grossa do mundo.
Os únicos que costumam romper essa casca são meus pais, alguns amigos e o álcool.
Uma noite boa, uns goles e você... HUAHSAU! ironia, mas aconteceu.


Pensei rápido no que ia dizer.
Ensaiei comigo mesmo.
Ensaiei com outras pessoas.
Duas tragadas.
Lá fui eu...

Agora, depois ou nunca mais?

Perguntar se eu estava bem foi por educação ou acanhamento, não reconheci direito. Mas era óbvio que não.

Digo que sim. Assim as coisas ficam mais fáceis.

Mais vergonhoso pra você que estava bem (eu acho), menos pra mim que estava mal.

Mas a bebida passa, a ressaca vem, e pior do que ela só as lembranças. A sina das minhas lembranças sempre são a vergonha. Acho que isso não muda tão cedo.

Pra quem aos 10 anos queria fazer parte de Chiquititas.
Aos 13 estudar no Elite Way School.
Aos 15 participar do BBB.
Aos 17 viver em Skins.
Aos 18 eu ainda não descobri um sonho...


Realidade. Nunca pensei no felizes para sempre, a final, acho que foi a vergonha que me tornou a pessoa estranha e excêntrica que sou hoje. Para sempre eu sei que não existe, por isso eu prefiro o felizes, e feliz eu sempre fui, mesmo que só desejando. Tenho medo da extrema felicidade.

Agora eu peço desculpas pra mim mesmo por estar sendo ridículo, mais uma vez, mas como eu disse eu nunca me canso.

Se foi a bebida ou a exaustão eu não sei, mas um dia ia chegar a hora de eu falar alguma coisa. Eu precisava saber, e pra ser sincero até agora eu não desvendei os sinais que você deixou.

E olha que já faz mais que um ano...

Tudo começou com um oi, conterrâneo.
E acabou em três copos de vodka.

Por enquanto!

Um comentário:

  1. Hmmm, reconheço essa história.
    Adorei esse fim, "Tudo começou com um oi, contarrânio. E acabou em três copos de vodka. Por enquanto!" Haha *-* Muito bom <3

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