O Fato
Eu, lindo, belo e solto, fui para o Tiro de Guerra essa semana para uma fase de seleção. Eram 300 homens de 17/18 anos reunidos em um pátio no melhor estilo FEBEM, talvez um ou dois bonitinhos. Também tinham soldados, vários soldados com suas roupinhas verdes e selvagens, a maioria no melhor estilo camarão de homem. Pois é amados, lá estava eu, quase uma Ariel sem o Linguado. Depois de horas e cerimônias de desperdício de tempo, começaram a chamar os nomes que iriam passar para a próxima fase de seleção. E adivinhem quem foi chamado? Eu, isso, exatamente EU! Espantei, shockay, morri, aloka, ladygaga! Pois é. Levantei minha cabeça, ajeitei meu cigarro no bolso, joguei o cabelo e fui de encontro ao soldado que me chamou, estava com vontade de gritar: cê tah bem loka?. Chegando na fila de infelizes que também passaram para a próxima fase, um tiozão começa a falar e diz que ainda terá de ser feito um exame médico e uma entrevista com o Sargento. Foi aí que eu pensei: AHAZOOOOOOOOOO! Entrevista com Sargento? Adoroooo! Ainda tenho salvação.

Veremos o que vai dar, eu acho que a gente fica amigas. E você?
AUSHAUSHAUSHAUSH!
Por que não eu?
Acho que exercer a carreira militar não se encaixa no meu perfil. Não quero dizer que gays não podem seguir essa carreira, está aí Alejandro para nos mostrar o contrário. Mas que não me sinto a vontade naquele ambiente machista, exaustivo e destrutivo. Pra mim, desnecessário. Para mim Lineker, não para mim gay. Acho que esse é um rótulo muito forte, e se sobrepõe principalmente em decisões como estas, mas não deveria interferir, assim como raça e religião.
E se eu for chamado?
Vou transformar o quartel em motel. Simples assim. E é claro que eu deixarei isso claro para o sargento no dia da minha entrevista. Já que gays são expulsos do serviço militar porque são gays, por que os chamarem para integrar essa corporação? Né.

E pra ser sincero. Se houvesse um exército gay no mundo eles ganhariam tudo, sabe porque?
Porque viado é esperto. Eles iam estar em um ambiente agradável cazamiga, transariam muito, beberiam e liberariam hormônios que psicológica e fisicamente favoreceriam-os em combate.
E você acha que as gays iriam lutar?
Claro que não. Já disse que gay é esperto. Com certeza eles iriam desenvolver alguma arma química que despertaria o desejo sexual homossexual do exército inimigo, que ficariam se pegando sem parar enquanto os gays de nascença ganham a batalha. Simples assim, sem timidez.

É o que eu acho.
Não vejo a hora da minha entrevista, me aguarde Sargento.
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