Mania por preços, valores e quantias.
É incrível como nós capitalistinhas temos essa mania de julgar tudo pelo preço, por em tudo um valor, e no dinheiro se baseia os conceitos de qualidade e avaliações morais.
Vende-se Tudo.

Alguns vendem idéias, outros vendem a morte, alguns vendem o corpo.
Ou seja: Prostituição.
Muito, mas muito cotidiano mesmo esse assunto, é mais presente no seu dia-a-dia do que você imagina, corpos se oferecem e se tarifam todos os dias a qualquer horário.
Homens e Mulheres que se tornam bissexuais por dinheiro.
Falo disso porque esse assunto sempre esteve presente no meu cotidiano, mais do que eu imaginava, e veio à tona de novo recentemente. Quero deixar claro que eu não me prostituo, mas não vou negar que nunca pensei seriamente nisso, principalmente quando tinha 13 anos e tinha uma idéia superficial sobre sexo, todo mundo falando que era uma delícia, mas condenavam quem ganhava dinheiro com isso. Eu não entendia muito bem, mas como sempre pensava no prático e satisfatório para mim, ao invés de me basear na opinião de quem com trinta tinha o português pior que o meu com treze, me veio isso a cabeça, com o tempo os motivos certos se tornam erradas e as razões difíceis se tornam mais aceitáveis pela nossa conduta.

O que eu vi.
Pessoa 1 - Uma mulher falida e desesperada por dinheiro, que não quis baixar seu nível social por orgulho e vaidade, distante geograficamente dos pais e distante mentalmente de algum escrúpulo que a impedisse de fazer o que quisesse pelo o que quisesse. E assim ela começou, assim ela se manteve, assim ela propositalmente engravidou de quem já tinha outra família, e ela queria isso pra ela. Não uma família perfeita, mas perfeitas condições para se manter na família que fosse, por mais errônea que fosse. Assim ela continua até hoje, lutando para vencer o processo judicial da pensão de seu filho e um dia quem sabe conseguir o que planejou. Até a agora ela conseguiu o desrespeito e dívidas para a família que a amava, na qual eu faço parte... o futuro e o sucesso, não dependem mais dela.
Pessoa 2 - Jovem, bonito, carioca. As razões não sei as quais, muito menos seu passado, só sei que nos encontramos. Ele se encantou e permaneceu encantado por uma pessoa muito querida para mim. Conhecemos ele juntos, mas quem descobriu e deu a noticia, um tanto quanto inesperada, fui eu. Não sei como, mas acho que foi ao destino que me enviou o link de uma agência na qual ele trabalhava, e trabalha. Lá estavam as fotos, lá estava o pinto e as tatuagens, eu só fui acreditar quando conferi o número telefônico com o da minha agenda. Ele continua novo e bonito, não sei quando nem como ele vai encerrar essa profissão. Por enquanto é cômodo, mas o por enquanto tem data de validade porém não tem aposentadoria.
Faz-se o mesmo jogo só que com cartas diferentes.

Cada um sabe de seus motivos e limitações, odeio o pré-julgamento do condenado por um condenado em potencial.
Quem não se vende colega?
De uma maneira ou de outra nossas opiniões são trocadas por dinheiro, nossas intenções são movidas por dinheiro e a vaidade se baseia quase que completamente no poder aquisitivo também.
Vender é controlar a emoção com um bem palpável ou não palpável, trocando mercadorias ou emoções benéficas a ambos. Quem compra gosta, mas gasta. Quem vende precisa, e só gosta de quem gasta. Emoções ou dinheiro.
Somos todos prostituídos até onde não fere o caráter.
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