
Mentes que é sincero
Liberdade custa caro
É o que eu mereço
Sem par ou amparo
Tudo roda tão depressa
A mente vira confusão
Como se já não fosse, que vida é essa?
Que me deixa sem sinal, radar ou razão
Arrependimento é para quem fraqueja
Metamorfose é para quem ainda acha que está certo
Não que eu não esteja
Mas guardo para quando o orgulho estiver perto
Quem dera se fossem apenas histórias mal contadas
É como um baile de máscaras medieval
Pessoas bonitas, elegantes, bem arrumadas
Histórias curtas, longas, bem contadas
Roda para cá, para li, para lá, tudo está lindo
Comenta com esse, finge com aquele
Afinal vocês estão chorando ou sorrindo?
Parem! Chega! Você nem sabe o nome dele.
Entenda, eu não estou falando de um baile
Estou falando de você
Uma mente brilhante e blasé
E um rosto que seus olhos não podem ver
Um pacífico tão severo
Poderoso humano tão subalterno
Mente que é sincero
Diz ao espelho que é moderno
Diz que não liga para o que acham de você
Mas escolhe roupa, sapato, compra um no tv
A única pessoa que te conhece é você
E sabe quando é que vão te conhecer?
Nunca
Você não vai sair da sua gaiola assim
Já é automático ser artificial
A sua essência está se transformando em festim
Não existe bom ou mau, ninguém sabe o que é real
O que talvez te console um pouco é saber que:
O que o outro crê
Tu talvez crês
O que o outro faz
Tu também podes fazer
O outro um dia morre
Tu também morres
O que o outro sente
Tu também sentes
Então porque me julgas
Se tu também mentes
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