sexta-feira, 19 de março de 2010

Mentes Que É Sincero

Aqui vai o texto final que fiz para o Projeto Mentes.
Eu fazia esse monólogo no final, acho que fica meio desconexo como poema, é um texto de interpretação mesmo... mas como bastante gente me pediu aqui vai.

Mentes que é sincero

Tudo tem seu preço

Liberdade custa caro

É o que eu mereço

Sem par ou amparo

Tudo roda tão depressa

A mente vira confusão

Como se já não fosse, que vida é essa?

Que me deixa sem sinal, radar ou razão

Arrependimento é para quem fraqueja

Metamorfose é para quem ainda acha que está certo

Não que eu não esteja

Mas guardo para quando o orgulho estiver perto

Quem dera se fossem apenas histórias mal contadas

É como um baile de máscaras medieval

Pessoas bonitas, elegantes, bem arrumadas

Histórias curtas, longas, bem contadas

Roda para cá, para li, para lá, tudo está lindo

Comenta com esse, finge com aquele

Afinal vocês estão chorando ou sorrindo?

Parem! Chega! Você nem sabe o nome dele.

Entenda, eu não estou falando de um baile

Estou falando de você

Uma mente brilhante e blasé

E um rosto que seus olhos não podem ver

Um pacífico tão severo

Poderoso humano tão subalterno

Mente que é sincero

Diz ao espelho que é moderno

Diz que não liga para o que acham de você

Mas escolhe roupa, sapato, compra um no tv

A única pessoa que te conhece é você

E sabe quando é que vão te conhecer?

Nunca

Você não vai sair da sua gaiola assim

Já é automático ser artificial

A sua essência está se transformando em festim

Não existe bom ou mau, ninguém sabe o que é real

O que talvez te console um pouco é saber que:

O que o outro crê

Tu talvez crês

O que o outro faz

Tu também podes fazer

O outro um dia morre

Tu também morres

O que o outro sente

Tu também sentes

Então porque me julgas

Se tu também mentes

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