domingo, 21 de março de 2010

Somos água.

Esses meus estados de transe reflexivo é foda, principalmente quando se entra numa crise interpessoal sem aparência, que te deixa curioso e autocrítico, daí, vem o stress, daí vem o vício, daí vem a lagrima...


Momentos de fúria e de completa sensibilidade emocional, fora de controle, entre muros escuros e devaneios.

O poder do choro, da comoção, do enruguecer, do babar, da feiúra exposta com dó e piedade, a entrega de quem se ama, ou o asco da repugnância.

Choro porque perco, e porque ganho, quando amo ou odeio, na sinergia de sentimentos tão confusos quanto sua relação interpessoal, abdução passageira, ou passagem que te suga a força emocional, na sorte ou no azar, pelo sim e pelo não, pela ausência ou pelo estar. Por que?

Chorar porque te alivia o ego, porque te acaricia a paciência, esgota o fôlego mas entende o coração, chorar porque é preciso, chorar por que te faz humano, te faz aceitável pra alma e imbecil para o orgulho.

Chorar porque temos sorte de não ser secos, chorar porque temos uma vida linda a perder, porque temos planos, programações e acasos que esperamos impacientemente, chorar porque simplesmente nos amamos e nos queremos bem, queremos estar inteiros, limpos da falta, limpos do terror, limpos da dependência.

Água de desespero, carência líquida, amor em gotas.

Querer, tentar, ter, ser, fugir, arriscar, perder, sentir.

Tudo, nada, medo, frágil, rápido, tudo, o medo, alívio.

Seja a flor da pele, seja líquido, deixe sua presença inundar ao redor. Somos água, pressa e coração.

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