quarta-feira, 17 de março de 2010

Poucas Verdades de um Mentiroso

Queridos! Estoy aqui para mostrar-lhes este texto que escrevi no meu lar malandro em Santo André, perto de Eloá, para a apresentação do Projeto Mentes, o qual integrei na magnanânima Semana da ETE, instuição que fiz parte na época de High School.

O Mentes falava de essencialmente de mentira, confrontos internos e os devaneios psicológicos presentes em nossa mente incompreensível.


Poucas Verdades de um Mentiroso.

Eu não sei se é vício falta de caráter ou até mesmo ingenuidade, eu não sei se é medo, frustração ou angústia. Mas eu não me arrependo não. O que fiz faz parte de quem eu sou.

Mentiroso? Não. Antes de ser mentiroso você tem de ser ousado, mas covarde, cínico, mas sonhador, complexo, mas simples, entende? Você se transforma em ator, compositor e acima de tudo protagonista.

Eu não quero me gabar de nada, mas mentir é uma arte. Porém, uma arte triste, sozinha, afinal nada nos deixa tão solitários quanto nossos segredos, diria até inexorável... Mentira! Nem sei o que é isso... Mentira! Sei sim.

Inexorável e triste, não o “falar besteira”, mas o “real mentir”, se é que isso existe.

É ilusão, raiva, masoquismo, pena, carência, crueldade, esconderijo.

Talvez, com o tempo a gente vai sentindo falta de algumas coisas, perdendo algumas coisas.

O valor do sorriso, a firmeza do chão, a emoção de um abraço, a razão da amizade, o respirar sem culpa, a confiança no amor.

E o tempo passa tão devagar, talvez porque as crianças não estejam mais no parque, não escuto sorrisos ou gritos, o ranger das balanças, as amarelinhas não são feitas mais de giz, o giz virou batom, o batom é vaidade, a vaidade é superficial, pura estética, mentira.

Se eu inventei alguma coisa? Me processa! Não, isso não é crime, cruelmente inocente, eu não vou ser preso, apesar de já viver numa jaula de contos de farsas. Eu não vejo, mas talvez eu já esteja preso há muito tempo, num emaranhado de histórias, trancado com a audácia de um covarde.

Eu só não consigo ver.




Um comentário:

  1. Lino...
    Que saudades da ETE =]
    Ah, e mais uma vez, Parabéns pelo seu texto...
    Bjãoo

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