O que você lerá agora é totalmente autobiográfico, egocêntrico da minha parte, mas quem sabe você possa se achar na minha confusão ou se identificar na minha indecisão.
O rei do fiasco.
Nascido na era errada. Uma pessoa como eu necessita de uma máquina do tempo.

Mal-entendidos propositais, desculpas que insultam, vinganças autodestrtivas e amores desapegados.
Eu até agora não sei o limite das minhas decisões erradas, ou o quanto é necessário sangrar por dentro para enfim morrer e renascer novo, livre de pecados e desapegos, livre de auto-condenações e feridas compartilhadas.
Não ser o melhor em apresentações, não ser o melhor em dizer adeus. Não ser o melhor ainda é aceitável, mas desconfio que eu esteja na lista dos piores (ou não né, tanta gente hipócrita, tão ganhando até BBB).
A confusão é minha, o problema é meu. Nem sempre. Chega um ponto onde é inevitável não estar sozinho, seja por inércia ou por escolha, se é por inércia talvez seja destino, se é por escolha talvez seja carência.
Pra mim carência é o pior dos sentimentos, falta de amor, parece até coisa de outro mundo, ou desumano que isso exista. Mas nossa própria existência auto-destrutiva já é degradante. Não existe falta de amor, existe amor não correspondido. Pra mim carência é isso: não corresponder ao amor que se recebe, querer mais ou outro. Gananciosos são os carentes. Talvez inseguros, talvez excêntricos.

Peço perdão há algumas almas, sei que um dia isso chegará onde deve ser levado.
O jogo era meu, as regras eram minhas, mas quem perdeu fui eu.
O olá foi meu, o sim foi meu, o adeus foi meu, e quem se magoou fui eu.
Eu ditei a direção, eu segui junto, eu corri na frente, eu me perdi, e estou de volta ao início enquanto você segue o rumo que eu deveria ter tomado a muito tempo.
Eu queria mais, pedi para um bebê prematuro andar, e quem errou os passos fui eu.
Uso, esnobo, uso máscaras, desfaço, tento refazer, a perfeição já foi desfeita, e você busca o conserto de uma máquina que não sabe o nome, mas sabe quem pode ajudar, o remédio estava na minha mão e eu fiz questão de anunciar e jogar pela janela.
O dia estava claro, mas eu quis fazer tempestade, sei que a chuva passa, há desmoronamentos, mortos e feridos, mas passa, há reconstrução, ajuda, dia após dia. Passa, mesmo que como navalha na pele, sangra, mas passa.
Quem assina sou eu, mas quem recebe não tem só um nome, são vários nomes espalhados, por lados e acasos que não convém me lembrar, mas que moldaram minha extravagância de ousar saber o que é amar. Sinceramente, até hoje não senti esse tipo de amor, meus pontos de partida não chegaram muito longe, por decisão minha, mútua, ou fora do meu controle, mas foram decisões e tudo que me deixa fora da indiferença me deixa mais completo.

Juro amor eterno pelo meu instinto, que nunca fez questão de deixar minhas concepções claras, que nunca me ajudou a encontrar quem o ajudasse, dependente espiritual, auto-repulsivo, só ele me faz entender que a independência tem suas fraquezas, e que as próprias fraquezas são o remédio da força, te faz forte mas não pergunta se a força te convém.
Amo minha embriaguez, porque me deixa dentro da minha própria sintonia. Amo meu remédio, pois culpo-o pela minha doença. Amo minha loucura, porque ela justifica meus erros.
Nossa você escreve tão bem!
ResponderExcluirObrigado querido.
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